A informação foi revelada em um documento fiscal necessário para o plano da companhia de estrear na bolsa de valores. A quantidade de contas trapaceiras é, acima de tudo, uma enorme preocupação: para uma empresa que ainda não sabe o que é lucro, a receita que poderia ser obtida com esses 2 milhões de usuários faz falta. O documento também revela que o Spotify encerrou 2017 com 157 milhões de usuários. Desse total, 86 milhões optavam pela modalidade gratuita, que veicula anúncios regularmente. De modo geral, os aplicativos ilegais visam suprimir justamente a publicidade.
Para o Spotify, o número de contas irregulares é ruim não só por causa do óbvio impacto nas receitas, mas também porque a companhia constatou que a probabilidade de esses usuários se tornarem pagantes é menor na comparação com aqueles que usam a modalidade gratuita sem truques sujos. Não há outra saída a não ser partir para a briga. O Spotify começou a notificar usuários com contas irregulares no início do mês. A mensagem orienta sobre o uso dos aplicativos oficiais e avisa que, se atividades irregulares continuarem sendo detectadas, a conta poderá ser suspensa ou cancelada. Ao mesmo tempo, a companhia vem atacando os canais que distribuem aplicativos irregulares. O repositório do Spotify Dogfood, por exemplo, já não existe mais no GitHub. Vale frisar que, atualmente, o serviço premium do Spotify custa R$ 16,90 (US$ 9,99 nos Estados Unidos) por mês. Com informações: The Verge.