Como você deve saber, a ARM licencia as suas arquiteturas de processadores para companhias como Qualcomm, MediaTek e Samsung. Anualmente, essas empresas lançam chips para smartphones, tablets e outros dispositivos móveis tendo como base a tecnologia disponibilizada. O segmento de laptops também interessa à ARM, e não é de hoje. Para você ter noção, no ano passado, a Qualcomm mostrou modelos de marcas como Asus e HP equipados com chips Snapdragon 835 (com núcleos Cortex-A73). Mas eles não fizeram sucesso no mercado. Em parte, isso é consequência do desempenho, que deixou a desejar. Mas tudo indica que a compatibilidade com o Windows 10 melhorou — a emulação de softwares x86 foi um dos fatores que afetaram o desempenho dos notebooks do ano passado. Ao somar esse aspecto aos avanços da arquitetura Cortex-A76, a ARM acredita que entrará de vez nesse segmento. Não é esperado que os primeiros chips com Cortex-A76 superem processadores de alto desempenho, como os da linha Core i7. Mas a ARM afirma que, atualmente, chips experimentais baseados na nova arquitetura e com processo de fabricação de 7 nanômetros já conseguem alcançar o desempenho de um Core i5-7300U, por exemplo.

É verdade que o comparativo não considera os chips Intel mais recentes, de oitava geração. Em compensação, a ARM está preparando dois projetos de processadores que prometem ainda mais desempenho. O primeiro deles recebeu o codinome Deimos. Previsto para 2019, ele terá como base a arquitetura Cortex-A76 e a tecnologia de cluster DynamIQ. O segundo projeto é o Hercules, que está previsto para 2020 e contará com opção de tecnologia de 5 nanômetros. Desempenho é importante e a ARM tenta mostrar que não está alheia a isso. Mas a companhia aposta em outra característica para fazer a sua arquitetura vingar nos laptops: a autonomia.

Em outro comparativo, a ARM indica que um chip Cortex-A76 de 3 GHz tem TDP menor que 5 W contra o TDP de 15 W do Core i5-7300U, mas consegue obter quase o mesmo desempenho do chip da Intel. Sem informações complementares fica difícil apontar quanto um notebook com processador ARM vai ter de duração de bateria, mas se o otimismo da companhia se confirmar, dá para pensar em algo com pelo menos 20 horas de autonomia. Com informações: TechCrunch.

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