Amostras do asteroide Ryugu contêm gases da exposição ao espaçoMistérios da formação e evolução do asteroide Ryugu são desvendados
Em um estudo publicado na revista Nature Astronomy, pesquisadores liderados por Marine Paquet e Frédéric Moynier descobriram que as razões isotópicas de cobre e zinco nas amostras do asteroide são idênticas às dos meteoritos condritos carbonáceos, mas diferentes de todos os outros tipos. Condritos carbonáceos (ou contritos CI) possuem até 20% de água e vários compostos orgânicos, como aminoácidos. Enquanto estiveram no espaço, eles nunca foram aquecidos a mais de 50 °C — ou seja, permaneceram longe do Sol e podem ter se formado no Sistema Solar exterior, onde o frio reina. Pesquisadores encontraram apenas nove condritos CI na Terra, até agora. No novo estudo, os autores analisaram a composição isotópica (ou seja, de isótopos, versões de um átomo com as mesmas propriedades mas com massas diferentes) de zinco e cobre. Assim, eles encontraram semelhanças entre os condritos CI e o asteroide Ryugu, estabelecendo a melhor estimativa da composição do Sistema Solar até o momento para cobre e zinco. Meteoritos encontrados na Terra que vieram de asteroides formados mais perto do Sol têm um valor diferente do Ryugu, enquanto a Terra tem ainda outro valor distinto, em algum lugar intermediário. Com essas informações, os cientistas estimaram que asteroides semelhantes ao Ryugu devem ter contribuído com cerca de 6% da massa da Terra. O estudo foi publicado na revista Nature Astronomy. Fonte: Nature Astronomy, via: IFLSciece