A ação foi divulgada apenas três semanas depois de o Facebook ter removido 196 páginas e 87 contas brasileiras acusadas de espalhar notícias falsas. Algumas dessas páginas e contas eram ligadas ao Movimento Brasil Livre (MBL). Mas a rede eliminada recentemente parecia ter um propósito diferente: gerar engajamento falso apenas para ganho financeiro.
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As investigações apontam que a rede era controlada por uma entidade identificada como PCSD que usava grupos, perfis e páginas para comprar e vender reações, seguidores e fan pages na rede social, práticas que não geram engajamento legítimo e, portanto, são proibidas pelo Facebook.
No comunicado, a companhia diz que passou a investigar a rede depois de ter sido alertada pelo Digital Forensic Research Lab, uma divisão da Atlantic Atlantic Council, empresa norte-americana que ajuda organizações, líderes políticos e afins a lidarem com questões internacionais. Curiosamente, a rede do PCSD foi detectada após o Digital Forensic Research Lab investigar engajamento falso de páginas políticas na recente eleição do México, o que sugere que o grupo não atuava só no Brasil. Na mesma mensagem, o Facebook revelou que, atualmente, conta com cerca de 20 mil pessoas dedicadas às áreas de integridade, segurança e revisão de conteúdo, e que, só no primeiro trimestre de 2018, removeu 837 milhões de conteúdos de spam e eliminou 583 milhões de contas falsas. Recentemente, a companhia também liberou um manifesto explicando quais são seus limites para a liberdade de expressão. Nele, o Facebook diz que remove conteúdos ou mesmo contas quando detecta incitação à violência, discurso de ódio ou risco de danos a pessoas, por exemplo.