O objetivo da mudança, de acordo com a companhia, é aumentar a interação entre usuários — a essência da rede social — e combater conteúdo nocivo, como spam e notícias falsas. Os algoritmos do serviço tentarão até prever quais postagens têm mais chances de interessar ao usuário para priorizá-las no feed de notícias e, assim, aumentar as conversações. Zuckerberg explica que a decisão tem como base uma série de estudos que mostra que as redes sociais trazem mais benefícios para os usuários quando priorizam as relações entre eles: “podemos nos sentir mais conectados e menos solitários, e isso está relacionado com a nossa felicidade e saúde ao longo do tempo. Por outro lado, ler artigos ou assistir a vídeos passivamente — mesmo que divertidos ou informativos — pode não ser tão bom”. Se bateu uma sensação de “déjà vu”, saiba que não há nada errado com você. O Facebook anunciou mudanças para priorizar postagens de amigos e familiares pelo menos três vezes nos últimos anos.
Como usuário, talvez você não tenha percebido grandes alterações. Mas muitos administradores de páginas notaram queda de tráfego. Um levantamento da SocialFlow baseado no estudo de 3 mil serviços de mídia indica que as páginas tiveram, em média, 42% de queda de acessos entre janeiro e maio de 2016, só para dar um exemplo. É por isso que, provavelmente, muitos administradores de páginas verão as mudanças como uma manobra do Facebook para aumentar as receitas com impulsionamento de conteúdo e publicidade. Não por acaso, a própria rede social admite que o alcance das páginas deverá cair. Mas, oficialmente, a companhia fala mesmo em tornar o serviço mais focado nas interações entre usuários. Esse discurso condiz com a promessa de ano novo que Mark Zuckerberg divulgou no início do mês: consertar os problemas do Facebook.