Por que casos de doenças infantis estão aumentando no mundo?Brasil recebe primeiros lotes da vacina bivalente contra covid-19

Do começo de 2022 até dezembro, o número de internações de bebês e crianças de até 2 anos subiu 21,3% em relação ao registrado durante todo o ano interior. Esta tendência de alta vai no caminho oposto da queda generalizada de hospitalizações em decorrência da covid-19 observada no Brasil para as outras faixas etárias. É o que aponta levantamento sobre o perfil das internações da covid-19, feito pelo jornal Estadão a partir de dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), do Ministério da Saúde.

Aumento de internações de bebês e crianças pela covid no Brasil

De janeiro até o início de dezembro, 11.144 bebês e crianças de até 2 anos foram internadas em decorrência da covid-19. Em comparação, foram 9.181 internações registradas em todo o ano de 2021. O aumento já é maior que 21% e ainda pode subir mais até o final do ano. Por outro lado, olhando o número de internações totais provocadas pela covid-19, o cenário é outro. Em 2021, foi contabilizado 1,2 milhão de internados. Até o momento, são 211,5 mil. É uma queda de 82,6% na taxa de hospitalização da pandemia, mas que não vale para os pequenos.

Crianças devem ser vacinadas contra covid-19

É preciso lembrar que, hoje, as vacinas da covid-19 são somente indicadas para crianças de 6 meses ou mais com comorbidades. No entanto, até dezembro deste ano, apenas 18,6% dos pequenos internados tinham alguma comorbidade. O dado indica a necessidade de revisão dos critérios para a vacinação, segundo especialistas. “Proporcionalmente, vemos mais crianças [internadas e doentes], que, ao contrário dos adultos, não estão protegidas por vacina”, explica Marcelo Otsuka, infectologista e vice-presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (Spsp). “Apesar do aumento importante de casos [da covid-19 em adultos], não tivemos esse aumento de internações por conta da vacinação”, completa. Fonte: Com informações: Estadão