No entanto, ele acredita que “o tempo que as pessoas passam no Facebook e algumas medidas de engajamento vão cair”. Parece que os investidores não gostaram dessa parte.
As ações do Facebook fecharam em queda de 4,47%. Como elas compõem a maior parte da fortuna de Zuckerberg, isso significa que ele perdeu mais de US$ 3 bilhões, segundo o Mashable. Claro, ele ainda é extremamente rico, e tem patrimônio estimado em US$ 72 bilhões. Ainda assim, essa foi uma das maiores quedas que as ações do Facebook sofreram desde sua estreia em 2012.
A rede social tem 2 bilhões de usuários, mas seu futuro parece estar em risco. Um ex-funcionário sênior diz ao BuzzFeed: “o tempo gasto no Facebook diminuiu nos últimos dois anos pela primeira vez. A empresa tem pesquisas mostrando que, se a porcentagem de conteúdo de amigos/familiares for muito baixa, as pessoas acham que o Facebook não tem mais valor”. O Facebook vai enfatizar mais interações “significativas”, ou seja, posts que geram muitos comentários, curtidas e compartilhamentos. O algoritmo vai priorizar conteúdo de amigos, de parentes e também de grupos, que “tendem a inspirar muitas conversas” — é o que diz Adam Mosseri, vice-presidente do feed de notícias, à Wired. Ele também afirma que “haverá menos conteúdo vindo diretamente de páginas profissionais”; a prioridade estará nos links compartilhados e discutidos entre amigos. Além disso, você verá menos vídeos no feed de notícias porque eles recebem poucos comentários — têm “uma natureza mais passiva”, diz Mosseri. Alguns estudos concluem que, ao consumir o feed de notícias passivamente, os usuários se sentem pior. Enquanto isso, pesquisadores do Facebook afirmam que interações ativas — “especialmente compartilhar mensagens, posts e comentários com amigos próximos” — estão ligadas a melhoras no bem-estar. Nesse sentido, Zuckerberg diz que “uma das nossas principais áreas de foco para 2018 é garantir que o tempo que todos gastamos no Facebook é tempo bem gasto”. Isso significa retornar a um feed de notícias antigo, de 2010, com menos notícias (ou fake news) e mais atualizações de seus amigos e familiares. Se isso vai dar certo, só o tempo dirá.