A aquisição da Sprint traz forças para a T-Mobile enfrentar as duas maiores operadoras de telefonia móvel nos Estados Unidos. No final de 2017, a Verizon era a líder com 35,4% de mercado, seguido pela AT&T com 33,37%, enquanto a T-Mobile tinha 17,11% e a Sprint apenas 12,64%. A fatia de mercado combinada das companhias que estão se juntando alcançava 29,75%.
Com a compra, tanto a Deutsche Telekom quanto a japonesa SoftBank passam a ser donas da nova T-Mobile. O grupo alemão terá 41,7% da empresa, enquanto os japoneses ficam com 27,4%. Os outros 30,9% representam as ações públicas acumuladas de ambas as companhias. O CEO John Legere, da T-Mobile, continuará comandando a empresa, enquanto o CEO Marcelo Claure, da Sprint, passará a ser membro do conselho executivo. Você pode não conhecer a T-Mobile, mas é uma empresa que ganhou muita importância no cenário de telefonia móvel americano: foi a primeira a abolir contratos de fidelização de seus clientes, trouxe streaming de música e vídeo ilimitado, e logo depois simplificou seus planos a um único com acesso ilimitado à internet móvel. A T-Mobile também permite que seus clientes utilizem roaming internacional em mais de 140 países sem custo extra. A T-Mobile justifica que o negócio é fundamental para o desenvolvimento da tecnologia 5G nos Estados Unidos. A compra da Sprint traz para a T-Mobile todas as suas licenças e, com isso, o espectro disponível passa a ser maior do que nas companhias concorrentes. Aos investidores, a empresa informa que fará total migração dos consumidores da Sprint para a rede da T-Mobile nos próximos três anos, com agressiva transição da tecnologia CDMA para VoLTE – muitos clientes precisarão trocar de aparelho para se adequar à nova tecnologia. A AT&T e a Verizon não devem ter ficado felizes com essa notícia.