Escassez de chips vai durar até 2022, alerta FoxconnFalta de chips já afeta produção de carros da GM e Hyundai
Não que a decisão tenha relação direta com o anúncio da Intel. Ao contrário desta, a TSMC está há bastante tempo consolidada na produção de chips para terceiros, até porque esse é o seu modelo de negócio. A Intel não é uma ameaça, portanto, pelo menos por ora. Na verdade, o próprio mercado tem botado pressão por conta da atual escassez de chips. O problema é causado por vários fatores, como a alta demanda por produtos eletrônicos e problemas de abastecimento oriundos dos efeitos da pandemia. Esse cenário pressiona fabricantes a produzirem mais semicondutores. Como a TSMC é a líder do setor com cerca de 500 clientes — entre eles, gigantes como AMD, Apple, Nvidia e Qualcomm —, a companhia é a que mais sente essa pressão. Em carta recente direcionada a clientes, C.C. Wei, CEO da TSMC, informou que as linhas de produção da empresa estão há um ano operando com 100% da capacidade, mas nem isso foi capaz de dar conta da demanda. Diante disso, a companhia anunciou, no começo do ano, a intenção de investir US$ 28 bilhões até o fim de 2021 para construir fábricas e contratar mais funcionários. No entanto, o mercado dá sinais de que esses esforços também não serão suficientes. Não surpreende, portanto, que a TSMC tenha decidido fazer um trabalho de expansão com um prazo um pouco maior: “a TSMC pretende investir US$ 100 bilhões durante os próximos três anos para aumentar a sua capacidade de fabricação e as pesquisas para tecnologias avançadas de semicondutores”, informou a companhia em nota. Só não está claro como esse plano vai ser financiado. De todo modo, a TSMC tem uma base tão expressiva de clientes que não deve enfrentar dificuldades para conseguir investimentos ou financiamentos. Com informações: Bloomberg.