O que é o Patreon?Como funciona o equity crowdfunding no Brasil
O episódio aconteceu durante a escalada do conflito no leste europeu. Nesta quinta-feira (24), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, autorizou uma ação militar na Ucrânia. A ordem do Kremlin resultou em uma invasão no território ucraniano e deixou a capital Kiev em estado de alerta para um possível ataque nesta sexta-feira (25). Não à toa, a campanha da organização sediada em Kiev e fundada em 2014, conhecida como “Come Back Alive” (Volte Vivo, em tradução livre), ganhou destaque. Conforme relatado pelo Daily Dot, a página do Patreon já existia desde maio de 2020. Mas o destaque à vaquinha online só surgiu nos últimos dias, devido à ação militar. E os números são impressionantes. Após a invasão, o financiamento coletivo juntou mais de 14 mil apoiadores, totalizando uma contribuição mensal de US$ 436.966 (cerca de R$ 2,2 milhões em conversão direta). Antes, em 26 de janeiro, a vaquinha online contava com a ajuda de 936 pessoas e arrecadava US$ 19 mil por mês. A campanha até trazia alguns itens importantes. É o caso dos equipamentos médicos para prestar os primeiros socorros. A página, porém, oferecia algumas opções de auxílio mais polêmicas, como munições e até bombas, com valores mensais entre R$ 25 e R$ 260 (em conversão direta), além de outros equipamentos militares.
Campanha para exército da Ucrânia viola regras
O Patreon suspendeu a vaquinha online nesta quinta-feira (25). Em comunicado no seu blog, a plataforma informa que tirou a campanha do ar porque violou seus termos de uso. “Não permitimos que o Patreon seja usado para financiar armas ou atividades militares”, afirmaram. “É uma violação de nossas políticas.” Os responsáveis pela plataforma ainda informaram que os contribuintes serão reembolsados. Além disso, o Patreon listou algumas instituições que estão coletando doações para auxiliar a população da Ucrânia, como a Cruz Vermelha Ucraniana. “Existem também mais de três mil criadores ucranianos no Patreon – e milhares mais usando outras plataformas – que se beneficiariam do nosso suporte”, afirmaram. Outros grupos também atuam para prestar auxílio a jornalistas, formuladores de políticas e afins neste momento de conflito. É o caso do Centre for Information Resilience (CIR), que criou um mapa para observar a movimentação do exército russo dentro e nos arredores da Ucrânia. Além disso, os dados partem de publicações feitas no Twitter, TikTok, YouTube e demais plataformas. Com informações: CNBC, Patreon (Blog) e The Verge